quarta-feira, 23 de maio de 2007

Seria comico senao


Fosse trágico!!
Sumi por dois dias onde estive internada num hospital infantil com a Gaby.Digo internada porque quase nao arredei o pé de lá.
Estamos em casa novamente,está tudo bem (mais uma dessa e eu perco todos os cabelos da cabeça e adjacentes) e já consigo até ver um lado engraçado na coisa.
Quem me conhece sabe que eu tenho um lado desesperado quando se trata de doenças,acidentes,filhos e afins...quando esses elementos se cruzam todos,entao eu piro!! E foi mais ou menos o que aconteceu. Estava em casa antes de ontem quando o Thomas me liga da escola,dizendo que a Gabriela levou uma bolada nas costas,parou de respirar, e que os médicos estavam lá na escola colocando um tubo na boca dela pra ela poder respirar.
Eu vi em 1 minuto o filme mais trágico e rápido da minha vida.
-Que médicos? Ambulancia? Tem uma ambulancia aí?
-Anram...
-Tua irma,tá de olhos abertos? Ela fala? Respira?
-Mae,ela tá com um tubo na boca,nao pode falar,mas tá de olhos abertos sim.
Intimei o Alex a pegar o carro e sair naquele exato momento pra escola,quando ele já estava a caminho, recebi a informaçao de que ela estava indo para o hospital.
Depois fiquei me amaldiçoando porque nao fui junto,nem sei porque nao fui, se tive que pegar um táxi meia hora depois.
Resumo da ópera: A Gaby ficou tao assustada com a bolada nas costas (uma bola de basquete), que se esqueceu como se respirava. Saiu tudo do compasso,batimenos cardíacos aceleradíssimos,saturaçao baixíssima e pressao idem. É o que literalmente se chama de troço.Foram necessárias horas até que tudo voltasse ao normal. E como ela tinha dores no peito e nas costas,ficamos lá de castigo esses dias.
Primeira noite ela dormiu com um aparelho ligado que media os batimentos cardíacos e a saturaçao,eu dormindo naquelas caminhas dobráveis, quando no meio da madrugada, o negócio apita a menina grita e eu num pulo instintivo voei em cima dela.
A cama virou e eu caí no chao. Quando a enfermeira entra,ve aquela cena patética,eu no chao com a camisola no pescoço, o troço apitando a menina chorando e a garota da cama ao lado sentada na cama olhando aquilo sem entender nada.
Valha-me D-us. A enfermeira nao parava de rir.
Dessa vez ela ficou em um hospital diferente do que o hospital que a Ju ficou no ano passado e pelo que eu pude perceber,cada um tem regras distintas que nao sao nada parecidas com os hospitais brasileiros.
Nos nossos hospitais, as crianças sao assépticas,esterilizadas,ficam de pijaminha o dia todo penteadinhas e limpinhas. Aqui elas rolam no chao, nao pode ficar de pijama (só se a criança nao puder se locomover) e nesse hospital nao comiam no quarto. Tinha uma salinha de refeiçoes,para os pequenos e para os maiores. Os pais que dormiam no hospital com as crianças recebiam vales refeiçoes para serem utilizados em um restaurante na esquina,muiro bom por sinal. (Pago pelo seguro saúde).
Algumas crianças ainda iam lá com suas agulhinhas no braço, almoçar ou tomar café com os pais.
Eu muito tonta querendo amenizar a situaçao,ainda pergunto pr aGaby no dia seguinte:
-E entao voce veio de ambulancia pro hospital né Gaby?
-Anram....
-E o que tinha dentro da ambulancia?
-Ora mae tinha tudo aquilo que uma ambulancia tem dentro!!!
Bem feito!!! Pergunta idiota nao merecia outra resposta.
Mas agora acabou, estamos de volta em casa, e definitivamente NAO estou pronta pra próxima, vou com tempo responder aos comentários abaixo.

9 comentários:

Ciça Donner disse...

Pelamordedeus Carla, será um desse por ano??? Vais ficar freguesa de hospital. Manda esses meninos quitarem um ppuco

Unknown disse...

Hahahahahha a cena da camisola da cabeça foi demais! Putz, mais ainda bem que foi só um susto!

Anônimo disse...

Menina que susto heim?! Eu qdo tinha 9 anos (acho que é a idade da Gaby) também cai na escola, bati com a cabeça no chão e fui parar no hospital. Realmente lembro mais do desespero dos meus pais do que qualquer outra coisa. Minha mãe sempre diz:"filhos deveriam nascer com armadura" hehehe
Beijos e boas melhoras pra GAby e tranquilidade para todos vcs, principalmente para vcs, os pais.

Anônimo disse...

oi, carla. hj nã resisti, tive que comentar.;...
aquela de cair da cama foi o máximo, tava aqui eu, no meu trabalho, lendo e rindo feito uam doida (ainda bem que meu chefe tava longe senão ganhava as contas) hehehhehehe
adoro seu blog, vc não me conhece, sou cunhada da ana maria, moro no brasil.
foi a ana quem me deu o endereço do blog e desde então entro todo dia pra ver as novidades.
melhoras pra sua filhota e parabéns pelo blog.
beijinhos
adriane

Anunciação disse...

Mãe não tem jeito mesmo.Uma vez saí gritando pela rua e sacudindo o meu filho do meio uma vez que ele prendeu a respiração(ficou zangado e se danou pra chorar direto sem respirar).Menina foi um papelão.Depois que passa a gente rir,mas na hora é um desespero!Um beijo procê e pra Gaby.

Marcia H disse...

Melhoras para vc e para a Gaby. Imagino o susto e a cena. Essa da salinha de refeicao para os pacientes é coisa moderna, mas ajuda a melhorar o astral. bj

Unknown disse...

Ingrid,tua mae tinha toda razao,cça deveria memso nascer com armadura,estou de cabelos brancos,

Anunciaçao,eu te entendo minha amiga,mae é um bixo doido pra pagar mico,eu sou meio assim tb,
Obrigada pelo comentário, Beijinhos,

Unknown disse...

Oi Marcia,
Obrigada,essa dasalinha pareceu meio nova mesmo,e ajuda a levantar o astral de fato,só de sair de cama já é um alívio,

Beijos querida,


Oi Adriane,
Nada de rir alto nao minha filha,que é pra assegurar o pao nosso de cada dia né?
Obrigada,
Muitos beijos,

Solange Ayres disse...

Ah, cena de hospital eu conheco. No ano de 1998 estava com uma tosse forte e resolvi pedir receita de um expectorante. (como era fim de semana fui ao hospital, pois aquí nao se pega remédios na farmácia assim sem receita)Bem,resumindo: entrei para pegar um expectorante e acabei indo de cadeira de rodas para o quarto, sem saber porque. 4 dias depois vem uma mulher que parecia enfermeira, mas era á médica chefa e disse que eu tinha tido uma pneumonia. Isso 4 dias depois.