Fui uma mulher bomba por 24 horas.

Tá na cara que é só pra chamar a atençao de vocês, mas o que que eu posso fazer se eu me senti assim oras?
Fiquei 24 horas com aquele aparelho de medir pressao, aquela coisa se enchendo e esvaziando e lógico fazendo barulho a cada 15, 20 minutos.
Nem seria assim nada demais se eu nao tivesse ido e voltado do médico de ônibus, trem e metrô...
Bem, na volta dentro do ônibus eu me sentei assim meio afastada, pra poder curtir meu barulho sozinha, sem olhares esquisitos, até aí nao teve problema nenhum porque o ônibus fazia tanto barulho que ninguém ouvia meu braço se enchendo e se esvaziando, mas quando eu entrei no trem, aí a coisa mudou de figura. Bem que eu tentei me sentar afastadinha de todos mas uma moça que estava sentada no banco ao lado pode ouvir naquele trem silencioso e vazio, o meu braço se enchendo seguido de um som meio uóóóóóóóóóóóóóóm....Ela olhou bem no fundo dos meus olhos, interrompeu o que estava falando com o mocinho sentado à frente dela e eu continuei lendo o meu livro com cara de: "Nem tô me explodindo", mas daí que o negócio começou a se encher de novo depois de 5 minutos e a mocinha de novo: blábláblá interrompe a conversa e.....olha bem no fundo dos meus olhos de novo e continuava me olhando esperando uma explicaçao ou um BUM em vez de uóóóóóóóóóóóóóóóóóm e meu braço que se enchia e voltava a esvaziar por baixo do casaco, e aquela caixinha branca pendurada.
Eu vou explicar o que pra mocinha? Eu nao vou me explodir, só quero te agredir? Também nao tava nem um pouco a fim de explicar e expor pra mocinha detalhes da minha vida médica, entao continuei lendo o meu livro, com a mesmíssima cara de antes, fazendo de conta que aquele braço e aquele barulho nao eram meus, mas bem que se eu tivesse um lap top comigo ali na hora comigo, podia matar ela de susto mais rápido.